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Slow travel: uma viagem em Lisboa

Atualizado: 6 de ago.

Uma imagem com ar livre, céu, vestuário, pessoa

Tempo. O nosso bem mais valioso. E como encontrar tempo num mundo tão agitado? O conceito de slow travel, no entanto, oferece uma solução, permitindo que mergulhes profundamente na essência de lugares como Lisboa. Ao adotares esta abordagem de turismo, prepara-te para uma experiência de viagem que vai além do superficial, permitindo que te encontres verdadeiramente com a cidade e com os seus habitantes.


Neste artigo, mergulharemos na essência dessa filosofia de viagem que prioriza a conexão profunda com cada destino visitado.


O que é o turismo lento?


O turismo lento, também chamado slow travel, é uma filosofia de viagem que contradiz o turismo tradicional.


A essência de um turismo mais lento está no interesse em conhecer, lentamente, os detalhes que tornam cada lugar único. É sobre descobrir a história, tradições locais, património cultural, gastronomia e natureza.


É um grito ao consumo massificado e rápido do turismo tradicional.


O turismo lento prioriza a qualidade da viagem sobre a quantidade de lugares visitados.


Turismo lento versus turismo de massa


O turismo de massa é o termo utilizado para se referir ao tipo de turismo que envolve uma procura turística em grande número de pessoas.


Infelizmente, o número excessivo de pessoas num determinado lugar pode levar à destruição e poluição de cidades e aldeias, banaliza a cultura, vandaliza o património cultural e desrespeita os habitantes locais.


Se olharmos com atenção para o comportamento da sociedade, reparamos que o turismo de massas é o reflexo da sociedade. Onde os movimentos são rápidos demais, não havendo espaço para parar, refletir, sentir e ver.



Uma imagem com ar livre, veículo, preto e branco, Veículo terrestre

Neste momento de reflexão, gosto de recorrer à eterna frase do escritor português, José Saramago, que enfatiza aquilo que é o rápido movimento da sociedade e o pouco tempo que há para, de facto, parar: “Se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara”.


Por sua vez, o turismo lento vai procurar explorar os cantos e recantos de um destino, interagir com os habitantes locais e apoiar os negócios locais. Isto não invalida que não tenhas feito previamente um itinerário, contudo é a tua presença, a tua valorização, interiorização e respeito pelo destino que irá prevalecer.


Já parastes para pensar na última vez que realmente viveste o lugar que conheceste?

Como podes ter impacto durante as tuas viagens?


Cada vez mais, damos mais valor ao nosso tempo e fruição. Na realidade, é um fator decisivo na escolha de muitos viajantes.


Ao adotares uma abordagem de turismo lento tens a oportunidade de mergulhar nos aspetos culturais e naturais do lugar que visitas, além de envolveres-te no seu contexto social, cultural e económico.


  • Respeita o ambiente: opta por meios de transporte sustentáveis, anda a pé pelas cidades e aldeias, reduz o consumo de plástico e respeita as áreas naturais que visitas.

  • Interage com a comunidade local: conversa com os habitantes locais, experimenta a gastronomia tradicional, desfruta das esplanadas como se fosses um residente e apoia os mercados e lojas locais.

  • Escolhe alojamentos sustentáveis: prefere hotéis, hostels ou alojamentos que adotem práticas sustentáveis e que tenham impacto positivo na comunidade.

  • Explora fora do circuito turístico: considera conhecer bairros menos turísticos, museus menos conhecidos ou atrações que fiquem um pouco fora do roteiro habitual.


Mas, atenção, nada invalida que queiras visitar as atrações, museus ou monumentos mais turísticos, ou conhecidos. O desafio é simples: apreciar e viver o local que visitas. É na tua mente que começa a viagem pelo turismo lento.


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4 dicas para explorares a prática do slow travel em Lisboa


Agora que entendes o que é o turismo lento, e como podes ter impacto nas tuas viagens, deixo-te aqui 4 dicas para desfrutares de uma experiência autêntica em Lisboa.


  1. Organização: A prática de um turismo mais lento requer organização. Antes de visitares Lisboa, faz uma pesquisa prévia sobre a cidade. O que queres visitar? O que gostavas de experimentar? Que passeios gostarias de fazer para complementar a tua estadia? Desta forma, poderás respirar fundo e viver a cidade ao máximo.

  2. Ativa o modo off: É importante desligar e abrandar o ritmo. Aproveitar ao máximo a tua experiência é focar na qualidade da tua viagem, em vez da quantidade. Por isso, desliga a internet, as notificações e deixa-te levar pela cidade. Beneficia de Lisboa para apreciares a sua arquitetura, relaxar um pouco num banco de jardim ou, simplesmente, apreciar a paisagem. Captura os momentos da tua viagem, primeiro com a tua mente, e só depois com a lente da tua câmara.

  3. Participa em atividades culturais: descobre a rica cultura de Lisboa através de diversas atividades turísticas, como workshops de pintura de azulejos, concertos de fado, visitas a museus menos conhecidos e walking tours pela cidade de Lisboa.

  4. Conhece a cidade a pé: Considera explorar Lisboa a pé ou de bicicleta, desfrutando dos detalhes que facilmente passariam despercebidos numa viagem de carro, autocarro ou tuktuk.


Uma imagem com edifício, nuvem, ar livre, céu


Nota que o turismo lento não é somente voltado para as áreas mais ruais. Os espaços urbanos devem ser interpretados e explorados conforme os princípios do turismo lento, melhorando a sua sustentabilidade, economia local e, claro, a tua experiência.


Lisboa, assim como todas as cidades do mundo, foi desenhada para os seus habitantes. E, por isso, merece mais do que um olhar rápido. Merece um olhar lento. Cada detalhe merece a tua atenção.


Se queres desfrutar de uma viagem lenta e autêntica por Lisboa, não percas o e-book que fiz para ti: Guia de viagem em Lisboa. Este guia exclusivo oferece-te insights, recomendações, sugestões e desafios para colocares em prática durante a tua experiência na capital portuguesa.




Descarrega já o teu exemplar e prepara-te para uma viagem verdadeiramente transformadora.

E lembra-te, não é só sobre o que vês, mas sim sobre o sentes, o que aprendes, o que te transforma.




Até breve!


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